Cannes: filme retrata o movimento Act Up-Paris nos anos 80

Criada em 1989 seguindo o modelo americano, a seção francesa do movimento Act Up foi considerada importante não apenas por combater a epidemia da Aids, o que era sua principal bandeira, mas também por ter dado voz e toda uma geração de homossexuais na França e sua luta contra o preconceito.

Essa história está agora nas telas de cinema, no longa 120 Battements Par Minute (120 batimentos por minuto), de Robin Campillo, e faz parte da mostra competitiva do Festival de Cannes 2017.

Campillo, que fez parte do movimento como militante, decidiu lembrar a história do Act Up através de uma ficção, mas baseado em suas memórias. O cenário da cena mais forte do longa é a Rue Parrot, perto da Gare de Lyon, em Paris, onde ele reproduziu uma grande manifestação do grupo. O Act Up lutava pelo combate à Aids e contra o preconceito crescente que recaía sobre as vítimas da doença, em grande parte homossexuais.

Entre seus slogans mais conhecidos estavam “Silence = Mort” e “Danser=Vivre”, revelando o traço cultural do Act Up: o movimento era embalado por muito House e tinha na cena clubber de Paris seu principal QG.

Robin Campillo é um dos roteiristas de Entre os Muros da Escola, que ganhou a Palma de Ouro em 2008 e que ficou bastante conhecido no Brasil ao retratar a vida nas periferias mais pobres de Paris. O elenco traz Adèle Haenel ao lado de jovens talentos como Nahuel Pérez Biscayart e Arnaud Valois.

Confira o trailer:

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Connard, flâneur, ringard.

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